quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Reescrevendo

O lápis se estende sobre o caderno que está em cima da mesa de colégio enferrujada e descascando de tanto uso. As páginas estão semi-escritas, com desenhos mal feitos, sem muita precisão, como traços desenhados que vieram durante uma conversa de telefone, círculos e bonequinhos com cara de palhaço. Logo vejo a garrafa de big coke flutuando como se estivesse dançando. E o par de bananas se oferece para suprir minha fonte de proteína do dia-a-dia. Folheando algumas páginas pra frente avistei um octágono, a matéria era geometria, mas eu só pensava naquela menina que roçava as pernas na minha. Com ela tinha até vontade de estudar,
fazia disso um prazer acordar, me arrumar e pensar que sentiria o cheiro de ser humano límpido e sexy, que era o dela. Sentido? Faz sentido, ainda mais falando de sentidos, não vou falar mais essa palavra, que de tanto repeti-la perdeu o sentido faz tempo, e o texto voltou a ser nonsense
para aqueles que não entendem. Fragmentos, imagens de vida, situações que beliscamos e sonhos que uma vez interrompidos, são reencontrados em outras imagens no futuro. Livros de história, a Bíblia, filmes do Hitchcock, cds, prancha de surf, e o abecedário para facilitar tudo: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z.

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