Psico-análise
O risco de absorver uma bobagem propriamente dita é realmente imensurável. - disse ele após conversarmos sobre todos os assuntos pertinentes ao horário, que não era tão tarde assim. Aliás, estava marcado pra mais cedo. O papo que temos é sempre sobre o que faço ou deveria fazer ou o que não faço e não deveria fazer, ou não nessa ordem. Mas sempre o mesmo papo: de bar, de mulher, de dinheiro, de arte...De futebol, não mais. Não pago um analista pra falar de futebol. Se bem que ultimamente quem mais tem falado é ele, pois se separou da mulher há alguns dias, e mal consegue comparecer são ao consultório. O consultório mais parece um quarto de garoto: Um aparelho de som de última geração, um laptop com zilhões de músicas e conexão de internet wireless, uma televisão High-definition, um aparelho de DVD, um video-game, revistas, livros, filmes, um mini-campo de golf, um chafariz, e vários quadros de pinturas surrealistas e abstratas, ou fotos, sem contar o frigobar recheado de bebidas de todos os tipos, inclusive Coca-cola... São oitenta horas mensais, isto é: vinte semanais, e quatro diárias. Tive que fazer um intensivão depois de desfigurar um marmanjo de 1,90 de altura. O cara cismou que eu estava olhando pra sua mulher na fila do cinema, é mole? Eu, na fila do cinema, feliz da vida com a minha namorada, e o marmanjo me encarando. Eu perguntei qual era o problema, e ele perguntou se eu tinha perdido algo. Eu falei: Não, mas ela, acho que sim. - apontando pra a sua namorada. Minha mulher ficou meio sem saber o que fazer, mas me entendeu. Ele tirou satisfação com a mulher dele, que de fato estava olhando pra mim, e partiu pra cima. Eu esquivei e dei uma banda sutil( ele não esperava por aquilo). Esperei o levantar e, com calma, apontei-lhe o dedo na cara e apliquei o soco de uma polegada com poder aplicado. Caiu. Creio que marmanjo não contava com minhas técnicas de Jeet Kune Do, absorvidas através do mestre-Dragão Bruce Lee. Hoje em dia, se vejo alguma confusão, logo me afasto. A última coisa que quero é perder meus dentes, e não posso contar sempre com as lições de como ser gente do meu analista perturbado. Que horas são, hein?
2 Comentários:
Lendo um blog, a gente já tá no terreno da confusão. Fiquei caminhando entre ficção e realidade pra chegar à conclusão de que é possível, e basta. *risos*
Caminhei, caminhei, não sei onde parei. Melhor dar outra volta ou esperar o ônibus certo, pegando carona noutro texto.
Hahahaha...
Esse tipo de comentário enriquece a gente. Sinceramente.
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