sábado, 3 de outubro de 2009

O-culto à...

Na pior das hipóteses: talvez. Só isso que posso te dizer, meu caro. Nem todo dia é dia de santo, aliás, seu santo não bate muito com o meu, e com o dele, e com o dela, e com o do padre. Santo Deus! Ah, meu Deus(com m maiúsculo pra mostrar respeito)! Você sabe que quem chegou pedindo óstia foi vossa senhoria, a senhora cega que vai à igreja todo dia com minha tia. Dai-me paciência, santo! Santo, dai-me paciência! Dai- me! Santo Daime! Vomita que sai. Quem viu a oferenda sendo entregue no mar de Copacabana ontem à noite às três e meia da manhã viu que não foi nada de mais, foi só um barquinho com velas e um ramo de flores brancas, rosas, e arruda, de quem pede ajuda a quem, aquém... Nem importa, nem importaria, nem impotará, se tomasse um gole da cachaça oferecida a Yemanjá, assim compartilhariamos: Um brinde aos orixás, que na pior das hipóteses, um "talvez" viria de mão cheia, carregada, cheia de perfume de lavanda. Ah, por quantas esquinas vou ter que passar, quantos banheiros de boteco vou ter que visitar pra marcar a presença como um cachorro sujo e sarnento, ou acabado de sair da pet-shop, que mija na beira do altar. Shoplifters of the world unite; não, isto não faz parte do discurso, apenas abstraia, exclua do sentido, torne oculto. O culto à santidades teológicas! Nada mais, nada que um padre não resolva, vá ao confessionário e abra a sua boca, conte os podres. Pode sim, Babalorixá diz: "Assuncê num qué sabê...Prucê trazê três charuto e acendê na incruzilhada cum farofa e galinha preta".

1 Comentários:

Blogger Rounds disse...

se pro bem, é válido.

abs

14 de outubro de 2009 às 19:49  

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